Moradores dos bairros do Roger e Varadouro acompanharam, nesta quarta-feira (15), a caminhada em alusão ao Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, celebrado no próximo sábado (18). A ação teve início na Casa Pequeno Davi e finalizou em frente à Escola Municipal Monsenhor João Coutinho, com apresentações culturais e falas sobre o tema.
A caminhada foi realizada pela rede de proteção que atua nesses bairros, composta por programas, serviços e Organizações da Sociedade Civil (OSCs) do território, responsáveis também pela mobilização dos moradores, como explicou Josemir Raimundo, um dos educadores da Casa Pequeno Davi.
“Nosso objetivo é trazer para a população informações sobre o 18 de Maio, a importância do cuidado com as nossas crianças e adolescentes. Sabemos que o abuso existe nas comunidades, dentro de casa, então que as famílias possam estar observando seus filhos e filhas. Como instituição, estamos fazendo esse fortalecimento da rede e das mais de 200 crianças que se envolvem com os nossos projetos. Todas passaram por uma formação sobre o tema”, afirmou.
Estiveram presentes na caminhada representantes e usuários do Cras Volante Roger, do Creas I, e do Programa Acessuas Trabalho. Além das instituições Casa Pequeno Davi, Centro Cultural Piollin, Artyoga, das Escolas Municipais Santos Dumont e Frei Afonso, representantes da Unidade de Saúde Integrada do Roger e do Caps Cirandar, do Projeto Tô de Boa e da Rede Margaridas Pró-Crianças e Adolescentes da Paraíba (Remar).
A coordenadora do Cras Roger, Ana Flávia, comentou sobre a importância do trabalho feito em rede. “Hoje temos diversos serviços, da sociedade civil e da Prefeitura de João Pessoa, em prol da criança e do adolescente. Assim como acontece no dia a dia do serviço, em que nós recebemos a situação de violação dos direitos e articulamos com os demais serviços para que aquela criança tenha seus direitos garantidos com agilidade. Então, se alguém tiver passando ou tiver conhecimento de uma situação de abuso, o número que o município dispõe é o 156, do Estado é o 155, e o Disque 100, que é o nacional. Mas todos esses serviços estão capacitados para realizar os encaminhamentos necessários em casos de denúncia”, explicou.
As atividades culturais promovidas pelas instituições envolveram crianças e adolescentes, em apresentações de capoeira, maracatu e música. Uma delas, de 11 anos, contou um pouco sobre o que aprendeu com a ação. “Eu aprendi que quando a gente vem para as ruas é para combater a exploração sexual das crianças e adolescentes e ensinar para o povo que isso pode existir em casa ou com os vizinhos, e que todo mundo pode denunciar”, comentou Ana Gabriela (nome fictício).
Campanha 18 de Maio – A ação faz parte da programação elaborada pelas Secretarias de Direitos Humanos e Cidadania (Sedhuc) e de Desenvolvimento Social (Sedes), em parceria com as Secretarias de Turismo (Setur), Educação e Cultura (Sedec), de Segurança Urbana e Cidadania (Semusb), além da Rede de Enfrentamento ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes da Paraíba (Redexi), a Rede Margaridas Pró-Crianças e Adolescentes da Paraíba (Remar), o Fórum Estadual de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil da Paraíba (Fepeti), Conselhos Tutelares e pelas Organizações da Sociedade Civil (OSCs).